Alimentação tem a maior queda de preços desde agosto de 2024 p4q6c

A alta dos alimentos foi o assunto mais comentado nos últimos meses, porém, depois da divulgação da inflação registrada em maio, o setor de bares e restaurantes está otimista. De acordo com os resultados divulgados pelo IBGE, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação em maio desacelerou para (0,26%), recuando em relação a abril (0,43%).

O vilão da vez agora é o grupo Habitação (1,19%), que liderou os nove segmentos analisados, e teve a maior alta puxada pelos preços da energia elétrica residencial, que ou de (-0,08%) em abril para (3,62%) em maio, por conta da bandeira tarifária.

Já os índices do grupo Alimentação e Bebidas caiu para (0,17%) em maio depois de registrar (0,82%) em abril. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, a Abrasel Baixada Santista, recebeu com otimismo estes indicadores, já que o segmento registrou a menor variação mensal desde agosto de 2024, quando o índice tinha sido de (0,44%).

“Depois de meses com altas expressivas, ficamos otimistas com a queda dos preços, principalmente para os comerciantes ganharem um fôlego e terem margem de lucro. Todo mundo segurou os rees ao máximo e a expectativa agora com a chegada de feriados e as férias, é a melhor possível”, conta o líder institucional da Abrasel Baixada Santista, Luan Paiva.

Menores preços

A queda foi puxada pelos preços do tomate (-13,52%), arroz (-4,00%), ovo de galinha (-3,98%) e frutas (-1,67%). Outros itens continuam em alta, mas menos expressivas como a batata-inglesa (10,34%), cebola (10,28%), café moído (4,59%) e carnes (0,97%).

“É importante que o preço destes alimentos tenha caído um pouco, até porque são itens essenciais na alimentação de todos. Com isso, é possível seguir oferecendo um bom custo-benefício aos clientes e também pensando na estabilização da economia no setor de bares e restaurantes”, diz o líder de relacionamento da Abrasel Baixada Santista, Guilherme Karaoglan.

Setor em queda

O único setor com quedas foi o de Transportes (-0.37%), e isso acaba sendo bom para quem trabalha com alimentação fora do lar, porque não encarece o frete. Destaque para os recuos nas agens aéreas (-11,31%) e combustíveis (-0,72%). Todos os combustíveis pesquisados registraram recuos em maio: óleo diesel (-1,30%), etanol (-0,91%), gás veicular (-0,83%) e gasolina (-0,66%).

No ano, a inflação acumulada é de 2,75% e, nos últimos 12 meses, de 5,32%.