Santos em alerta: avaliação de densidade larvária revela presença do Aedes Aegypti 1r3k4v

A cidade de Santos, localizada no litoral paulista, continua a apresentar um estado de alerta em relação à presença do mosquito Aedes Aegypti, conforme revelado pela recente Avaliação de Densidade Larvária (ADL) realizada em 2025. O primeiro levantamento, realizado em janeiro, indicou um Índice de Breteau (IB) de 3,4. Já na segunda avaliação, em maio, esse índice apresentou uma leve diminuição, caindo para 2,6. De acordo com o Ministério da Saúde, valores entre 1 e 3,9 configuram-se como sinal de alerta.

O objetivo da ADL é mapear a infestação do mosquito e facilitar a implementação de ações para combater as doenças que ele transmite. Durante o processo de verificação, agentes municipais percorreram 5.388 residências e identificaram recipientes com larvas do mosquito. Após a coleta das amostras, estas foram encaminhadas ao laboratório do Centro de Controle de Zoonoses e Vetor.

Das amostras analisadas, 139 foram confirmadas como Aedes Aegypti, vetor responsável por diversas doenças. Este ano, a cidade já contabiliza 1.906 casos de dengue e 43 casos de chikungunya.

Os locais com maior incidência de larvas foram identificados durante a ADL; vasos de plantas e ralos — tanto internos quanto externos — destacaram-se como os principais focos de reprodução do mosquito. As fêmeas depositam seus ovos em água parada, onde as larvas se desenvolvem antes de se tornarem mosquitos adultos.

A próxima avaliação está agendada para julho, seguida por uma quarta análise prevista para outubro. Até o momento, não houve recomendações do Ministério da Saúde que implicassem mudanças nesse cronograma.

Em resposta à situação alarmante, a prefeitura orienta a população sobre medidas preventivas para evitar a proliferação do mosquito. A vacinação contra a dengue está disponível nas policlínicas da cidade para crianças e jovens entre 10 e 14 anos; são necessárias duas doses com intervalo de três meses.

Entre as recomendações essenciais estão:

• Verificar regularmente a presença de água parada em vasos de plantas, calhas e caixas d’água;
• Consertar vazamentos e vedar ralos;
• Tampas para ralos não removíveis devem ser utilizadas;
• Aplicar água sanitária nos ralos semanalmente;
• Evitar acúmulo de água na bandeja externa da geladeira;
• Mantê-los sempre limpos e secos;
• Tampas para vasos sanitários e caixas de descarga;
• Limpeza regular em fontes ornamentais e bebedouros.

A istração municipal também implementou uma série de estratégias para intensificar o combate ao mosquito:

• Visitas regulares aos imóveis e áreas estratégicas;
• Varreduras semanais em bairros;
• Aplicação de inseticidas nas imediações das residências com pessoas infectadas;
• Uso de armadilhas para monitoramento da infestação;
• Notificações e investigações sobre todos os casos associados ao mosquito;
• Ações educativas voltadas à população;
• Monitoramento aéreo com drones em áreas de difícil o.

A situação permanece crítica e requer atenção contínua da comunidade local para garantir a saúde pública e o bem-estar da população.